SIF:
SIF (Safety Instrumented Function) é o conjunto de todos os componentes que participam de uma determinada função de segurança, considerando desde o(s) elemento(s) sensor(es), até o(s) elemento(s) final(is), como mostrado na Figura 01.
Como a SIF é o conjunto de todos os componentes, o SIL dessa SIF é o resultado da combinação da probabilidade de falha insegura de todos os componentes. É por esse motivo que foi citado na “Pílula, da LTI” PL05-5080-014 que não basta ter alguns componentes com certificação “SIL x” para que a SIF automaticamente tenha esse nível de segurança.
Por óbvio, quanto mais componentes fizerem parte da SIF, maior será a probabilidade dessa SIF falhar.
Abordar uma SIF de forma correta é fundamental para que se obtenha a proteção esperada. É comum encontrar situações nas quais há o equivocado entendimento de que ao, por exemplo, adotar a utilização de um controlador e válvulas SIL 3 faz com que se tenha um sistema de segurança SIL 3. Além de, ao se adotar essa premissa equivocada, não considerar a combinação da probabilidade de cada um dos componentes falhar, essa abordagem não contempla as restrições referentes às arquiteturas que conferem tolerância à falhas (ver “Pílula da LTI” PL05-5080-006 e PL05-5080-007), que são colocadas como requisitos nas normas IEC 61508 e 61511.
Parte dessa abordagem correta, é a adoção de componentes que foram submetidos à testes específicos e estão em conformidade e certificados, conforme a norma IEC 61508. Para que se tenha uma SIF, em conformidade com a norma IEC 61511, todos os componentes devem ser certificados e os seus dados de modos de falhas devem ser disponibilizados pelos fabricantes. A utilização de um único componente que não possua a devida certificação invalidará a SIF (ver nota 01).
Nota 01:
Embora seja uma prática menos comum, as normas IEC 61508 e IEC 61511 possibilitam a utilização de equipamentos / dispositivos que não sejam certificados segundo a IEC 61508; para tanto, deve-se ter dados confiáveis referentes à utilização de componentes em sistemas de segurança. Esses dados devem apresentar, de forma estruturada, confiável e rastreável, informações que comprovem pequena probabilidade de se observar a ocorrência de falhas sistemáticas perigosas nesses dispositivos.
Elaborado por: Everton Salomé
Referência LTI: PL05-5080-015