Provavelmente você já ouviu falar sobre as quatro revoluções industriais, mas você já pensou que, ou se, estamos inseridos nas mudanças promovidas pela quarta revolução industrial? Te faço um convite à uma reflexão.
A primeira revolução industrial aconteceu, aproximadamente, entre 1760 e 1850, mas há estudiosos que indicam que esse movimento foi encerrado na década de 1830. O termo revolução industrial ganhou força somente no final da década de 1830, pelo economista francês Jérôme-Adolphe Blanqui.
Essa primeira revolução ocorreu nos processos de fabricação dos Estados Unidos e da Europa, em especial na Grã-Bretanha, e tem como um dos ícones, as máquinas a vapor, tendo o carvão como principal fonte de energia.
No período compreendido entre 1850 e 1945, o mundo registrou a segunda revolução industrial, que se baseou, mais uma vez, em importantes transformações industriais na Inglaterra, onde houve o surgimento de muitas máquinas e aprimoramento de muitas técnicas de produção e esse movimento permeou até as indústrias norte americanas, japonesas, alemãs e russas. Nessa segunda revolução, a eletricidade figura como um dos ícones, em substituição ao vapor como fonte de energia de máquinas e equipamentos.
Vem, então, a terceira revolução industrial, iniciada no final da segunda guerra mundial (lá pelos anos 1950). Uma breve pesquisa pode te mostrar que alguns textos consideram que ainda vivemos o período da terceira revolução industrial. Se ainda estamos vivenciando a terceira revolução industrial, como podemos, ao mesmo tempo, estarmos passando pela quarta revolução? Essa terceira revolução, que alguns autores apontam que se findou em 2010, foi marcada, especialmente, pelo desenvolvimento da eletrônica e da informática e todos os seus “produtos derivados” (robótica, telecomunicações, etc.) e também na genética.
Essa questão referente à transição entre duas revoluções é bastante interessante, quando o parâmetro é temporal. Pode-se dizer, então, que estamos no período de transição e estamos dentro dessas mudanças? O termo quarta revolução industrial foi utilizado pela primeira vez na Hannover Messe de 2011 (a maior feira de tecnologia industrial do mundo, que é realizada na Alemanha).
Há quem diga que esse termo foi marcado como estratégia de marketing, mas essa discussão, para esse momento, é pouco relevante.
O fato é que a fábrica inteligente, que é, em essência, o que se traduz no termo Indústria 4.0, vem trazendo importantes mudanças em abordagens sobre a indústria. Mas o avanço da “inteligência” da fábrica, pautado no avanço do aparato tecnológico da microeletrônica e informática (principalmente), pode ser considerado como uma revolução industrial? Como foi colocado no início do post, esse era um convite para uma reflexão sobre esse assunto.
Na próxima semana traremos alguns detalhes sobre a quarta revolução industrial, mas sem colocar o parâmetro temporal em pauta.