Como já foi e continua sendo muito noticiado, o câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil.
Somente em 2023, mais de 20 mil mulheres perderam a vida em decorrência dessa doença aqui no Brasil. Considerando que em 2014 o Brasil registrou menos de 15 mil mortes, o atual cenário não é bom e ações precisam ser tomadas.
Vários fatores são alarmantes, como o aumento de casos de câncer de mama em mulheres jovens; os números têm crescido bastante e já representam 5% dos casos. O que é mais preocupante nesses casos é que essas mulheres estão fora do grupo que têm a mamografia indicada como exame de rotina. Todos sabemos que o diagnóstico precoce é fundamental para que as chances de cura sejam aumentadas, mas se somente as mulheres entre 40 e 70 anos têm recomendação para exames de mamografia anual e sabemos que boa parte das mulheres nessa faixa etária não têm acesso aos exames, o caminho para a mudança, para melhor, parece cada vez mais distante. Um exemplo disso é que o ministério da saúde do Brasil adota o protocolo de exame de mamografia bienal, para mulheres entre 50 e 69 anos; esse protocolo, instituído há muitos anos, está claramente ultrapassado e precisa ser alterado.
Número crescente de casos
As causas do aumento de casos que vêm sendo observado ainda não são claras. O câncer é uma doença considerada multifatorial e é preciso dar atenção à diversos aspectos. Um desses aspectos é o contato cotidiano (de boa parte da população mundial) com produtos químicos que podem ter relação com esse tipo de câncer.
Uma matéria recente, veiculada pela CNN, mostrou que quase 200 produtos químicos, que têm potencial carcinógeno, são usados na fabricação de embalagens e de utensílios fabricados em plásticos. Embora muitos desses produtos já tenham sido definitivamente classificados como perigosos, eles ainda continuam sendo utilizados. Essa matéria vai além e mostra diversos outros dados; vale a pena conferir.
Esse post não é investigativo e, claramente, não tem caráter científico, mas vale a pena indicarmos um ponto para reflexão. Uma matéria veiculada pela National Geographic mostra números que chamam a atenção; veja a seguir e reflita.
Países com IDH alto:
- 1 em cada 12 mulheres é diagnosticada com câncer de mama;
- 1 em cada 71 mulheres morre por conta dessa doença.
Países com IDH baixo:
- 1 em cada 27 mulheres é diagnosticada com câncer de mama;
- 1 em cada 48 mulheres pode morrer por conta dessa doença.
A grande diferença nos números seria decorrente de fatos associados aos hábitos de vida e de consumo ou seria uma “simples” falha no processo de diagnóstico nos países com IDH mais baixo?
Na próxima semana continuaremos nesse tema e mostraremos como a engenharia tem buscado formas para auxiliar no diagnóstico do câncer de mama.