Cultura de segurança de processo
A cultura de segurança de processo não prosperará em ambientes que não têm a cultura de segurança (geral) enraizada. É comum vermos (a LTI – Loop Tecnologia Industrial tem observado) empresas com uma cultura de segurança ocupacional bem aceita por seus colaboradores, mas que ainda não abordam, de maneira adequada, questões relacionadas à segurança de processo. A cultura de segurança em processos determinará como a companhia abordará as questões relativas aos riscos de seus processos.
Mas, afinal, o que é cultura de segurança de processo? Ela pode ser definida como “a combinação de comportamentos e valores de grupo que determinam a maneira pela qual a segurança de processos é gerenciada”¹.
É importante ter clareza que o gerenciamento é fundamental, mas, tão importante ou mais, é o comprometimento de todos os envolvidos em um processo: todos fazendo a coisa certa, no momento certo, sem que ninguém esteja observando é o que mostra que a cultura existe.
Além disso, estimular o time a sempre se lembrar de que não há risco zero, ajudará a manter o foco na segurança, mesmo que estejamos falando de uma instalação industrial de baixo risco. A percepção do risco foi muitas vezes negligenciada (e ainda é), mesmo quando se trata de operações de altíssimo risco.
Podemos citar, como exemplo, os desastres de Bhopal (Índia), dos ônibus espaciais Challenger e Columbia (EUA – NASA) e Chernobyl (atual Ucrânia). Em todos esses acidentes, as investigações concluíram que a falta de uma cultura de segurança teve grande contribuição para que os eventos catastróficos ocorressem.
Cumprimento de normas
O cumprimento de normas² é parte fundamental no processo de obtenção de processos seguros. O correto entendimento e a aplicação das normas proporciona às companhias subsídios para definir as melhores práticas para planejar, operar e manter uma instalação segura.
As empresas devem adotar mecanismos que garantam que os seus processos sejam sempre mantidos em conformidade com o conjunto de normas aplicáveis. Esses mecanismos devem ser baseados não somente em sistemas de auditoria; as empresas devem, também, trabalhar para conscientizar as(os) colaboradoras(es) sobre a importância de atender os requisitos estabelecidos.
Nota 01:
CCPS. “Diretrizes para Segurança de Processo Baseada em Riscos”, Interciência, 2014, apud JONES, David. “Turning the Titanic – Three Case Histories in Cultural Change”, CCPS International Conference and Workshop, Toronto, 2001.
Nota 02:
Entenda por normas: normas / procedimentos internos, normas técnicas, leis, etc.
Outras pílulas sobre esse assunto:
- PL05-5060-01: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Introdução;
- PL05-5060-002: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Abordagens na prevenção de acidentes;
- PL05-5060-003: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Cultura de segurança de processo e cumprimento de normas;
- PL05-5060-004: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Competências em segurança de processo e gestão de conhecimento do processo;
- PL05-5060-005: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Identificação de perigos e análises de riscos;
- PL05-5060-006: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Integridade e confiabilidade dos ativos;
- PL05-5060-007: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Gestão de prestadores de serviços;
- PL05-5060-08: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Gestão de mudanças.
Elaborado por: Everton Salomé
Referência LTI: PL05-5060-003