Diferentes abordagens
A prevenção de acidentes em processos pode se dar de diversas maneiras. O mesmo livro citado na “Pílula, da LTI” anterior, mostra a evolução das estratégias de gestão de segurança em processos – ver Figura 01.
A gestão de segurança de processo baseada em riscos têm suas bases nas respostas à três perguntas; são elas: a) O que pode dar errado? b) Qual a gravidade das consequências? c) Com qual frequência podem acontecer os problemas?
Perceba que as respostas farão com que, de forma quase que automática, a companhia se enquadre nas exigências regulatórias à qual essa está submetida. Isso acontece devido ao fato da companhia precisar compreender os cenários de riscos e tendo entendimento sobre as respostas às perguntas colocadas, a companhia terá condições de definir o rigor técnico a ser aplicado para evitar incidentes.
Como citado na “Pílula, da LTI” PL05-5060-001, a gestão baseada em riscos se baseia em quatro pilares, que são detalhados a seguir:
Comprometimento com a segurança de processo
O comprometimento é peça fundamental para atingir níveis realmente toleráveis de riscos em processos industriais. Para tanto, deve-se garantir que a gestão de uma companhia ofereça os recursos necessários e promova o envolvimento de seus colaboradores. A companhia deverá, então desenvolver uma cultura de segurança de processo, pautada, inclusive, na conformidade com normas técnicas e requisitos legais.
Compreensão dos perigos e riscos
Uma companhia deve conhecer profundamente os seus processos, para que seja possível identificar todos os riscos e os meios para os atenuar. Além disso e partindo da premissa de que não há risco zero, a companhia deve entender, de forma cristalina, quais são os riscos residuais, bem como suas consequências.
Gestão de riscos
Após conhecer os riscos, os meios para atenuar os riscos e os riscos residuais, a companhia deve garantir que os modos operacionais sejam cumpridos, bem como deve estabelecer e manter planos de manutenção que sejam robustos o suficiente para manter uma matriz de condições básicas de seus equipamentos. A companhia deve, ainda, ter um sistema de gestão de mudanças capaz de identificar novos riscos e formas de tratá-los e, por fim, deve ter um plano de resposta de emergência bem estabelecido.
Aprendizado a partir da experiência
Assim como se observa na gestão por melhoria contínua, é importante monitorar os indicadores de segurança, e mantê-los atualizados (dados e métricas), usando fontes internas e externas de informações.
Manter rotina de auditorias sobre o sistema de gestão também é fundamental para que se mantenha o sistema efetivo e atualizado.
A investigação de acidentes e, claro, a tomada de ações para evitar que eventos semelhantes voltem a ocorrer são fundamentais para que o sistema de gestão seja retroalimentado de maneira consistente.
Outras pílulas sobre esse assunto:
- PL05-5060-01: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Introdução;
- PL05-5060-03: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Cultura de segurança de processo e cumprimento de normas;
- PL05-5060-04: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Competências em segurança de processo e gestão de conhecimento do processo;
- PL05-5060-05: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Identificação de perigos e análises de riscos;
- PL05-5060-06: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Integridade e confiabilidade dos ativos;
- PL05-5060-07: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Gestão de prestadores de serviços;
- PL05-5060-08: Gestão de segurança de processo baseada em riscos – Gestão de mudanças.
Elaborado por: Everton Salomé
Referência LTI: PL05-5060-002
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