Planos de selagem:
Há alguns padrões para sistemas de vedação de eixos para bombas centrífugas e rotativas, mas o API 682, padrão definido pelo American Petroleum Institute, é amplamente utilizado no Brasil; por esse motivo, usaremos essa norma como base. A primeira edição do padrão API 682 foi emitida em 1994.
A correta escolha de um plano de selagem não será objeto dessa série de pílulas; o objetivo é apresentar alguns dos mais diversos planos de selagem que são registrados no padrão citado e que podem ser encontrados nos mais diversos segmentos industriais.
Os selos mecânicos tem a função de evitar vazamentos, fornecendo vedação em um conjunto que possua um eixo e uma carcaça e que deva manter um fluido, mesmo em condições de alta pressão, no interior desse conjunto. A Figura 01 mostra alguns exemplos de selos mecânicos, enquanto a Figura 02 mostra, de forma esquemática, onde se aplica um selo mecânico.
Há uma grande variedade de planos de selagem; a seguir listamos alguns (sendo que alguns desses serão apresentados nas próximas pílulas – marcados com *):
Plano 01*: Recirculação interna da descarga da bomba, para dentro da câmara de vedação.
Plano 02*: Câmara de vedação sem recirculação de fluido, tendo camisa de aquecimento ou resfriamento como opcional.
Plano 03: Câmara de vedação aberta.
Plano 11*: Recirculação da descarga da bomba para a câmara de vedação, através de um orifício. O fluxo é controlado.
Plano 12*: Recirculação da descarga da bomba para a câmara de vedação, através de um filtro e orifício.
Plano 13*: Recirculação da câmara de vedação através de um orifício de controle de fluxo para a sucção da bomba.
Plano 14*: Recirculação da descarga da bomba para a câmara de vedação e da câmara de vedação para a sucção da bomba. A circulação nos dois circuitos se dá por orifícios.
Plano 21*: Recirculação da descarga da bomba para a câmara de vedação, através de um orifício e trocador de calor.
Plano 22*: Recirculação da descarga da bomba para a câmara de vedação, através de um filtro, orifício e trocador de calor.
Plano 23*: Circulação forçada do fluido de selagem, saindo da câmara de selagem, passando por trocador de calor e retornando à câmara.
Plano 31*: Recirculação da descarga da bomba para a câmara de vedação, passando por um ciclone separador de sólidos. Os sólidos retornam para a sucção da bomba.
Plano 32*: Injeção de líquido de selagem, proveniente de fonte externa, na câmara de vedação.
Plano 41*: Recirculação da descarga da bomba para a câmara de vedação, passando por um ciclone separador de sólidos e trocador de calor. Os sólidos retornam à sucção da bomba.
Plano 51*: Reservatório atmosférico externo; reservatório utilizado como final de linha para o fluido.
Plano 52*: Reservatório atmosférico externo fornece fluido de selagem limpo para as faces externas da vedação.
Plano 53A*: Líquido de selagem limpo e pressurizado é fornecido para as faces internas e externas da vedação.
Plano 53B*: Líquido de selagem limpo e pressurizado é fornecido para as faces internas e externas da vedação. O método de pressurização é diferente do plano 53A (tipo bexiga).
Plano 53C*: Líquido de selagem limpo e pressurizado é fornecido para as faces internas e externas da vedação. O método de pressurização é diferente dos planos 53A e 53B (tipo pistão).
Plano 54*: Líquido de selagem limpo e pressurizado é fornecido para as faces internas e externas da vedação.
Plano 55: Líquido de selagem limpo e não pressurizado é fornecido para as faces internas e externas da vedação.
Plano 61: Conexão do lado atmosférico e fechada (com plug).
Plano 62: Fluxo de resfriamento é proveniente de fonte externa. O líquido de selagem é fornecido para o lado atmosférico da vedação.
Plano 65A: Sistema atmosférico para coleta de vazamento e condensação. Falhas na vedação são detectadas por vazão excessiva para o sistema de coleta.
Plano 65B: Sistema atmosférico para coleta de vazamento e condensação. Falhas na vedação são detectadas por sensor de nível instalado no sistema de coleta.
Plano 65A: Sistema atmosférico para coleta de vazamento e condensação. Falhas na vedação são detectadas por vazão alta no sistema de coleta.
Plano 65B: Sistema atmosférico para coleta de vazamento e condensação. Falhas na vedação são detectadas por acúmulo no sistema de coleta.
Plano 66A: Bucha instalada entre face estacionária da vedação e cavidade de drenagem restringe vazamento em caso de falha da vedação. Vazamento é detectado por aumento de pressão.
Plano 66B: Plug instalado no canal de drenagem reduz vazamento em caso de falha da vedação. Vazamento é detectado por aumento de pressão.
Plano 71: Conexões com plug, para fornecimento futuro de sistema de gás para vedação de contenção dupla.
Plano 72*: Gás é fornecido por suprimento externo e mantido à uma pressão inferior à pressão da câmara de vedação.
Plano 74*: Gás é fornecido por suprimento externo e mantido à uma pressão superior à pressão da câmara de vedação.
Plano 75: Vazamento de líquido (ou condensado) da vedação interna (de uma vedação dupla) é direcionado para coletor.
Plano 76: Vazamento de vapor da vedação interna (de uma vedação dupla) é direcionado para coletor.
Outras pílulas sobre esse assunto:
PL05-1990-002: Planos de selagem – Planos 01, 11, 12, 13 e 14 (Parte 02 de 06);
PL05-1990-003: Planos de selagem – Planos 02, 21, 22 e 23 (Parte 03 de 06);
PL05-1990-004: Planos de selagem – Planos 32, 31 e 41 (Parte 04 de 06);
PL05-1990-005: Planos de selagem – Planos 51, 52, 53A, 53B, 53C e 54 (Parte 05 de 06);
PL05-1990-006: Planos de selagem – Planos 72 e 74 (Parte 06 de 06).
Elaborado por: Everton Salomé
Referência LTI: PL05-1990-001
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