Energia nuclear não é assunto novo nesse blog. Já tentamos provocar reflexões sobre os pontos que pesam a favor e os pontos que pesam contra essa fonte de energia. Também falamos sobre os reatores de fusão nuclear; para alguns, a fusão nuclear é o Santo Graal da energia.
O Brasil possui duas usinas nucleoelétricas em operação. Juntas, Angra 1 e Angra 2 são responsáveis por pouco mais de 1% (cerca de 2GW) de toda energia elétrica gerada no Brasil. A usina Angra 3 teve suas obras iniciadas em 1984 e foi interrompida, pela última vez, há cerca de 8 anos e, se concluída, irá disponibilizar mais 1,4GW.
Conforme último planejamento das obras, a usina deve ser concluída em 2026, ao custo total estimado em cerca de 25 bilhões de reais (previsão de 2022). Caso a Eletronuclear decidisse por não concluir as obras, o custo final seria superior ao investimento necessário para ter a usina em operação, como mostra essa matéria da Gazeta do Povo.
Após longos períodos de incertezas e mudanças no cronograma, a Eletronuclear retomou as obras em 2023, mas a contratação do pacote para conclusão das obras deve acontecer ao longo do ano corrente.
A retomada das obras pode reacender as discussões sobre os riscos envolvidos na operação de uma usina nucleoelétrica. Parte das discussões devem ser decorrentes do fato da tecnologia da usina Angra 3 ser de 40 anos atrás. Bom, não entraremos em polêmicas sobre esse aspecto; basta você pesquisar, na internet, sobre a (possível) obsolescência da tecnologia para poder tirar suas conclusões sobre esse tema.
Confira nossas outras postagens sobre energia nuclear:
Energia nuclear: Utilizar ou não utilizar? (Parte 01 de 03)
Energia nuclear: Utilizar ou não utilizar? (Parte 02 de 03)
Energia nuclear: Utilizar ou não utilizar? (Parte 03 de 03)
Reatores de fusão nuclear.